Comunicação não violenta: Tudo o que você precisar saber

Comunicação não violenta: Tudo o que você precisar saber
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Entre as qualidades profissionais mais importantes para quem almeja uma carreira de sucesso, está a habilidade de se comunicar de forma eficiente e nutrir boas relações interpessoais. Isso é ainda mais necessário para quem atua como gestor e precisa exercer uma liderança positiva. Nesse contexto, a comunicação não violenta é algo que pode fazer toda a diferença.

O que é comunicação não violenta?

A comunicação não violenta, ou CNV, é uma metodologia que busca melhorar os relacionamentos interpessoais com mudanças no modo de se expressar.

O conceito foi desenvolvido pelo psicólogo e escritor norte-americano Marshall Rosenberg, que afirma o impacto positivo de uma postura mais empática nas relações pessoais e de trabalho – aliás, essa é uma habilidade determinante para o sucesso profissional.

Nossa sociedade ainda carrega a cultura do confronto. Você pode notar isso em um simples debate, sobre qualquer tema, nas redes sociais.

O que começa como uma diferença de pontos de vista acaba se tornando uma discussão que envolve até ofensas pessoais. Sabe por que isso acontece? Porque fomos ensinados, desde cedo, a manter um discurso dominante e ganhar qualquer disputa.

A filosofia da comunicação não violenta é baseada justamente na desconstrução desse padrão. Assim, o intuito é que o diálogo baseado em estratégias de convencimento ganhe um tom mais suave, com empatia, compaixão e atenção às necessidades das duas partes.

Portanto, a comunicação não violenta requer habilidade para se expressar de forma clara, honesta e assertiva, mas sem impor sua vontade ao outro.

Isso é importante em diferentes contextos; no convívio familiar, no ambiente de trabalho e em todos os campos que envolvem relações humanas.

Por que a CNV é importante nas relações profissionais?

As técnicas da comunicação não violenta podem aprimorar qualquer tipo de relacionamento, mas há um peso significativo no contexto corporativo. Isso porque um ambiente de trabalho hostil, com líderes que ainda se guiam pelo autoritarismo, pode desmotivar a equipe.

Uma liderança que se apoia na comunicação agressiva é avaliada pelos reflexos negativos nos resultados da organização, o que inclui:

• Colaboradores descontentes;

• Queda na produtividade;

• Clima organizacional ruim;

• Alto índice de absenteísmo;

• Impacto nos lucros – ou seja, não é nada bom para a empresa.

Como você acabou de ver, o gestor que só pensa em números, e não consegue valorizar o capital humano, pode trazer prejuízos para a organização.

Já um líder carismático, que usa da comunicação não violenta, pode inspirar e mover toda a equipe por um objetivo em comum, aumentando os ganhos da empresa, em vários sentidos.

Destacamos a responsabilidade do líder para falar da importância da CNV justamente por seu papel de influência na corporação.

Mas essa missão também é de cada pessoa que faz parte do time. Afinal, o relacionamento entre os colegas de trabalho também é favorecido com uma comunicação mais humanizada, sem tantos conflitos e clima de disputa.

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Como colocar a CNV em prática dentro da gestão?

Na teoria, a comunicação não violenta resolveria todos os problemas da humanidade, ou quase todos. Mas, e na prática, como aplicar essa metodologia nas relações profissionais?

Veja como as técnicas da CNV podem ser praticadas, principalmente para quem almeja o desenvolvimento de carreira como gestor!

Observe os fatos sem julgar

Em qualquer situação de conflito, pessoal ou profissional, nossa reação automática é formular um julgamento do caso “é ou não é?” Somos todos juízes nessas horas, principalmente se é para encontrar um culpado. Admita, esse é um comportamento habitual do ser humano.

Para estabelecer uma comunicação não violenta, é preciso dar um passo para trás e olhar o todo da situação de forma imparcial, mesmo que você tenha sido diretamente afetado.

O autor do conceito da CNV afirma que a capacidade de observar sem avaliar é uma postura que reflete um alto nível de inteligência humana.

Assim, o diálogo flui de forma mais leve. Ao contrário, uma conversa iniciada em tom de julgamento já cai nos ouvidos da outra parte como uma crítica.

Daí em diante, você já imagina o desenrolar da história, cada um tentando convencer o outro de que a sua visão é indiscutivelmente a certa.

Identifique o que você sentiu

Depois de observar os fatos sem julgar, é hora de reconhecer o sentimento que aquela ocasião causou em você

A habilidade de identificar o que sente e direcionar as emoções de uma forma construtiva faz parte da inteligência emocional, outra qualidade valiosa para o contexto profissional.

A partir do momento em que você entende o que sente, fica mais fácil construir um diálogo assertivo.

Mas cuidado para não passar para o interlocutor a autoria dos seus próprios sentimentos. Afinal, é você quem escolhe que tipo de emoção quer sustentar.

Avalie se suas necessidades foram atendidas

O trabalho de analisar o que sente, continua nessa etapa. Aqui, você deve avaliar se sua necessidade foi atendida. A principal causa dos conflitos interpessoais está justamente nas necessidades não satisfeitas.

Após identificar o que realmente você precisa, saiba comunicar isso ao outro sem soar como uma cobrança, mas sim como um compartilhamento.

O gestor ainda pode destacar o que acontecerá, caso a necessidade em questão não seja atendida, claro que sem tom de ameaça, apenas como forma de conscientização.

Peça a participação do outro com uma linguagem positiva

Depois de todo o diálogo amistoso que foi construído com base na comunicação não violenta, o gestor pode, enfim, delegar uma missão ao interlocutor.

Sempre com uma linguagem clara e positiva, colocando a situação em forma de pedido, não de exigência.

Esse nível de comunicação é essencial para a saúde das organizações, pois reflete corresponsabilidade e respeito pelo ser humano que está ali, sem considerá-lo uma peça que pode ser colocada onde o gestor bem entender.

Portanto, a comunicação não violenta é uma maneira de se expressar sem agredir o outro ou fazer imposições.

Aqui, não se trata mais de provar quem tem mais poder, mas de unir esforços, por meio do diálogo respeitoso, empático e construtivo, para chegar a soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos.

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